Disfunção Erétil(DE) ou impotência sexual
É a incapacidade persistente em obter e manter uma ereção suficiente, que permita uma atividade sexual satisfatória.
Embora seja uma desordem benigna, afeta a saúde física e psicológica acarretando um impacto significativo sobre a qualidade de vida dos portadores e suas parceiras, bem como as suas famílias.
Estudos apontam que cerca de 5 a 20 % dos homens têm disfunção erétil moderada a severa e entre 40 a 70 anos de idade afeta em torno 52%
A DE pode ser primária, quando existente desde a primeira relação sexual, ou secundária(adquirida). Tradicionalmente, a DE tem sido classificada como sendo psicogênica, orgânica ou mista(orgânica ou psicogênica). No passado, acreditava – se que quase todos casos de DE eram causados por fatores psicológicos. Atualmente se reconhece que mais de 80% dos casos de DE estão significativamente associados com uma ou mais distúrbios orgânicos.
Nota se que em quase todos os casos de DE orgânica também há fatores psicológicos associados, sendo predominante os casos de DE mista(orgânica + psicogênica). Importante ressaltar que quando se realiza o tratamento da causa orgânica da DE de forma bem sucedida, há recuperação da autoestima, segurança e alegria, acarretando a melhora ou desaparecimento dos fatores psicológicos envolvidos.
Quando a pessoa se sente segura e entra em campo pensando na vitória, as coisas fluem naturalmente para o êxito e sucesso total. Agora, quando a pessoa entra em campo sentindo o sabor da derrota, certamente não obterá forças e energias para superar as dificuldades e terminará com o gosto amargo do fracasso. Pensamento positivo atrai coisas positivas criando sempre as condições para a vitória.
Importante reforçar que se a disfunção erétil de causa orgânica(diminuição da testosterona, aumento da prolactina, diabetes descontrolado,..) não for tratada a tempo, certamente evoluiu para causa psicológica também, pois a falha na hora da relação sexual, gera um estado de tensão e preocupação constante e cobrança pra não falhar na próxima relação. Ocorre que esse estado de tensão, faz o organismo liberar adrenalina que contribuirá para uma nova falha ou fraco desempenho. Aí surge o fator psicológico somando-se ao fator orgânico provocando a DE. Então é preciso tratar a causa orgânica da DE primeiramente para quebrar esse ciclo que envolve o fator psicológico.
A DE de causa psicológica isoladamente é mais comum nos mais jovens.
FATORES DE RISCO E DOENÇAS ASSOCIADAS A DE
- Envelhecimento e doenças crônicas
- Envelhecimento - declínio de funções fisiológicas tais como a redução dos níveis de testosterona que é bastante comum depois dos 40 anos de idade;
- Hipogonadismo em qualquer faixa etária - redução da testosterona;
- Diabetes Mellitus;
- Hipertensão Arterial;
- Hiperlipidemia ;
- Coronariopatias - anginas, IAM;
- Doenças vasculares periféricas;
- Doenças crônicas( Insuficiência renal crônica, dentre outras);
- Doenças neurológicas - (Ex: esclerose múltipla);
- Endocrinopatias - (hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperprolactinemia, dentre outras);
- Doença de Peyronie - (curvatura acentuada do pênis);
- Priapismo - (ereção peniana involuntária).
Maus hábitos comportamentais
- Abuso de álcool e drogas
- Tabagismo
- Sono noturno insuficiente- menos de 08 horas
- Obesidade
- Sedentarismo ou baixo nível de atividade física
- Medicações
- Cirurgias pélvicas - próstata, bexiga, reto, vascular.
- Trauma - medula espinhal, pélvico e perineal
Medicamentos associados
- Digoxicina;
- Drogas ilícitas;
- Diuréticos tiazídicos - hidroclorotiazida, clortalidona;
- Agentes antidislipidémicos;
- Antidepressivos;
- Cetoconazol;
- Antiandrogênicos;
- Anti-hipertensivos - propranolol, atenolol;
- Antipsicóticos;
Fatores psicológicos
- Medo;
- Falha sexual casual;
- Depressão;
- Insatisfação;
- Redução da libido.
Outros fatores
- Radioterapia
- Uso de anabolizantes
Diagnóstico de DE
O diagnóstico é relativamente simples e eficaz diante uma conversa aberta e sincera com o profissional médico habituado a atender casos dessa natureza. É preciso verificar a existência de fatores de risco e dependendo do caso, a realização de exames laboratoriais ou de imagem para determinar a presença de fatores orgânicos causadores da DE que nortearão o tratamento.
Tratamento da DE
O tratamento será direcionado para a causa orgânica(controle adequado do diabetes, tratar distúrbios da tireoide, corrigir hiperprolactinemia, promover aumento dos níveis sanguíneos de testosterona…) e psicológica por ventura existente, bem como para promoção da redução ou eliminação dos fatores de riscos presentes(prática habitual de atividade física, abandono do tabagismo, redução ou eliminação do consumo excessivo de álcool, combate da obesidade, ter um boa noite de sono(pelo menos 08 horas), suspensão ou troca de determinados medicamentos….
Atualmente, existem medicamentos orais que são bastante eficazes no tratamento da DE. No entanto, a prescrição médica deve ser individualizada e direcionada para cada caso, pois existem contra indicações que precisam ser respeitadas para a implementação do melhor tratamento a fim de obter a satisfação sexual plena.
Mais importante é que a melhora da performance sexual promoverá a recuperação da autoestima e confiança, fortalecimento do relacionamento amoroso, restabelecimento da harmonia do casal que promoverá a solidez e edificação da família.
Não é apenas ausência de ereção. Lógico que quando a ereção falha ou não acontece, o homem já apresenta uma disfunção erétil.
A disfunção erétil também se manifesta de forma mais sutil, onde há ereção, só que mais fraca, (o que até possibilita a realização do ato sexual).
Acontece também quando há ereção, porém acaba inesperadamente durante o ato sexual.
Então, a disfunção erétil manifesta também na presença de ereção, só que é insuficiente e torna o ato sexual insatisfatório.
- Ausência de ereção.
- Ereção fraca que até possibilita o ato sexual porém é insatisfatório ou insuficiente.
- Ereção que acaba inesperadamente durante o ato sexual, sendo também insatisfatório.
Sim, bastante comum. Estudos revelam que a disfunção erétil afeta em torno de 52% dos homens com idade entre 40 a 70 anos.
Estima – se que os homens de um modo geral, apresenta uma redução de 1% ao ano dos níveis de testosterona, depois dos 40 anos de idade. Daí a necessidade de vigilância permanente quando o homem entra na fase dos “enta”.
Andropausa ou deficiência androgênica do envelhecimento masculino é o período da vida do homem, acima dos 40 anos de idade, caracterizado pela diminuição da produção de testosterona. Interessante ressaltar que o homem não pára de produzir testosterona em nenhuma fase da vida, porém ela diminui.
- Os sintomas e sinais da andropausa são discretos, brandos e incaracterísticos.
- A menopausa possui sinais e sintomas mais intensos e característicos como os fogachos ou ondas de calor.
Porque a diminuição da testosterona não é abrupta e sim de forma pequena, lenta e gradual.
- Disfunção erétil
- Ejaculação precoce
- Redução da libido
Não afeta apenas a função sexual, afeta também diversos órgãos produzindo uma série de sinais e sintomas:
- Aumento da gordura corporal, principalmente abdominal – obesidade.
- Perda de massa óssea.
- Redução da força muscular.
- Dificuldade de concentração
- Fadiga, falta de energia e falta de disposição.
- Nervosismo e irritabilidade fácil.
Não. Normalmente vem acompanhada de um problema orgânico causador (distúrbio hormonal, diabetes descontrolado, problemas na tireoide, hipertensão arterial sistêmica, cirurgias da próstata, bexiga e reto, uso de anabolizantes, uso de drogas ilícitas, uso de determinados medicamentos, doenças neurológicas) ou de um problema psicológico ou os dois juntos.
Sem dúvida está mais ligada a problemas orgânicos. Acredita-se que mais de 80% dos casos de disfunção erétil estão significativamente associados com um ou mais distúrbios orgânicos.
Certamente a disfunção erétil terá outro fator causal associado, que é o psicológico, pois a preocupação, tensão e o dever de funcionar na próxima tentativa, contribuirão para uma nova falha diante da liberação de adrenalina pelo organismo.
Medo, ansiedade, frustração e obrigação de funcionar decorrente de um falha sexual, gera um estado de tensão permanente e o organismo acaba liberando adrenalina na corrente sanguínea, que prejudicará a ereção, contribuindo para outra falha.
- Falta de libido ou desejo sexual.
- Stress acentuado persistente.
- Depressão
Sim. Igual a febre aponta para existência de infecção no organismo, a disfunção erétil constitui a sinalização por exemplo de que o Homem está com quadro de diabetes descontrolado, distúrbio hormonal, problema na tireoide, doença neurológica, insuficiência renal crônica, etc). Se tem disfunção erétil é preciso investigar.
- Abuso de álcool e drogas ilícitas.
- Tabagismo
- Sono noturno insuficiente – menos de 8 horas
- Sedentarismo ou baixo nível de atividade física
- Exposição ao estresse acentuado e permanente
- Anti-hipertensivo – (hidroclorotiazida, clortalidona e propranolol)
- Antiandrógenos
- Opióides – (codeína e morfina)
- Medicamentos para combate da calvície – (finasterida)
- Uso de anabolizantes
É uma desordem benigna, porém o efeito é maligno ou devastador na medida que provoca abalos significativos na saúde física e psicológica dos homens, prejudicando a qualidade de vida e a harmonia entre os casais, resultando em frustração, decepção e destruição de famílias mundo afora.
Na grande maioria das vezes, não procura
Trabalho com Saúde Sexual Masculina por mais de 04 anos, e percebi que o homem evita a todo custo expor o seu problema sexual, muitas vezes até para a sua própria esposa por vergonha e decepção. Enquanto houver ereção, mesmo que fraca, ele não procura ajuda para não se expor. Somente quando algo impactante acontece ou está para acontecer, tal como falha na hora H ou problemas conjugais exacerbados, o homem procura tratamento.
Sim, e é até bastante comum, pois os sinais e sintomas na maioria das vezes são brandos ou discretos. Como a ereção acontece, ele interpreta que não tem disfunção erétil. Às vezes até percebe que a ereção não é mais a mesma, mas atribui o fraco desempenho sexual ao processo natural do envelhecimento ou porque a esposa não é mais atraente e sedutora.
Por vergonha de se expor em uma sociedade machista, porque não percebeu, porque acha que faz parte do envelhecimento natural e a vida sexual acaba depois dos 40 anos ou por desconhecer a existência de tratamento eficaz
Sim. Devido a correlação direta da testosterona baixa com as doenças cardiovasculares provocadas pela síndrome metabólica (Pressão alta, diabetes tipo 2, obesidade e distúrbio do colesterol e triglicérides). Estudos revelam que a taxa de mortalidade é 2 vezes maior no homem com testosterona baixa em comparação com o homem que possui testosterona normal.
Não, na verdade é relativamente simples. É feito mediante uma conversa direta e sincera do paciente com o profissional médico habituado a atender casos dessa natureza.
Certamente haverá ganhos inestimáveis de saúde física e psicológica, melhor qualidade de vida, longevidade e sobretudo, mais famílias preservadas.
O tratamento da disfunção erétil é feito com medicações orais que são bastante eficazes para recuperar a função erétil. No entanto, a prescrição médica deve ser individualizada para cada caso, a fim de encontrar a melhor estratégia para obtenção do sucesso.
É preciso também identificar e tratar a causa orgânica que normalmente acompanha a disfunção erétil para alcançar a satisfação sexual plena.
Outra estratégia importante nesse processo consiste na adoção de hábitos saudáveis de vida:
- Abandono do tabagismo.
- Abandono de drogas ilícitas.
- Ingestão racional e moderada de bebida alcoólica.
- Prática de atividade física regularmente.
- Emagrecimento.
- Ter uma boa noite de sono.
Sim, existem situações em que a medicação oral não pode ser prescrita, mas felizmente constitui uma quantidade reduzida de casos.
A melhora da performance sexual promoverá a recuperação da autoestima, segurança e confiança, criando condições para o fortalecimento do relacionamento amoroso e o restabelecimento da harmonia do casal que resultarão em solidez e edificação da família.