COLELITÍASE OU PEDRA NA VESÍCULA BILIAR
Cálculos da vesícula biliar são uma das doenças mais frequentes em adultos acima de 20 anos de idade, tendo uma prevalência estimada em torno de 10% da população geral.
Fatores de risco:
- Idade acima de 20 anos
- Sexo feminino
- Obesidade
- Múltiplos filhos
- Historia familiar
- Hormônios sexuais femininos - endógenos e exógenos, anticoncepcionais orais;
- Hipertrigliceridemia - triglicérides aumentados na corrente sanguínea
- Doenças hematológicas - anemia falciforme
- Cirurgia bariátrica( para emagrecer) - envolve ressecção ou derivação do intestino
- Situações de baixa motilidade da vesícula biliar - diabete mellitus, alimentação diretamente na veia (parenteral), pós-cirurgia de vagotomia (secção do nervo vago) e dano na medula espinhal
- Medicamentos - clofibrato, ceftriaxona, octreotida
Sintomas:
Ao longo da última década, o equipamento, a instrumentação e a habilidade cirúrgica foram acentuadamente aperfeiçoados, e os cirurgiões, hoje, são capazes de usar a técnica laparoscópica para realizarem grande variedade de procedimentos cirúrgicos apontados abaixo:
- A maioria das pessoas não possui sintomas (assintomáticos).
- Quando ocorre, o sintoma mais frequente é dor (provocada por obstrução transitória do canal terminal da vesícula por um cálculo ou pedra) na barriga na altura do estômago ou abaixo das costelas do lado direito, com ou sem irradiação para as costas. Normalmente a dor surge após uma alimentação abundante, geralmente rica em gordura. Em geral, o quadro de dor ocorre de forma súbita, durando de 30 minutos a poucas horas.
- Algumas vezes, a dor vem acompanhada de náuseas, vômitos, além de plenitude gástrica (empachamento) e eructações.
- A dor pode desaparecer espontaneamente ou após o uso de analgésicos. Dor que perdura por mais de 24 horas ou associado a febre sugere colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar)
- Quando a dor se prolonga e não cede com a medicação, devem ser consideradas possíveis complicações como colecistite aguda, coledocolitíase e pancreatite aguda biliar.
Diagnóstico:
- História e exame físico levantam a suspeita do problema na vesícula biliar
- O exame de imagem principal para o diagnóstico é o ultrassom (USG) de abdômen com sensibilidade de 85% e especificidade de 95%.
- A Tomografia de abdômen possui sensibilidade baixa (cálculos são radiotransparentes e isodensos em relação à bile) para o diagnóstico de colelitíase, porém é útil para avaliar presença de complicações tais como colecistite (inflamação da vesícula) ou tumores da vesícula biliar.
- A Ressonância magnética de abdômen não é utilizada de forma isolada para o diagnóstico de colelitíase, uma vez que não acrescenta nenhuma informação diferente da obtida com a ultrassonografia, porém é de grande utilidade no diagnóstico de pedras nos ductos ou canais biliares, quando há dilatação dos canais biliares ao USG ou alteração de provas de função hepática (fosfatase alcalina, gama GT, bilirrubinas, TGO e TGP).
- Exames laboratoriais de sangue devem constar hemograma completo, provas de função hepática (TGO, TGP, fosfatase alcalina, gama GT, bilirrubina total e suas frações) e são importantes para determinar a presença de complicações (colecistite aguda, coledocolitíase, pancreatite aguda biliar)
Principais complicações da colelitíase
- Colecistite aguda litiásica - inflamação/infecção da vesícula biliar provocada pelo cálculo que obstrui o canal de saída vesícula chamado ducto cístico.
- Coledocolitíase - cálculo sai da vesícula biliar e para na via biliar principal, chamado de colédoco.
- Pancreatite aguda biliar - inflamação do pâncreas provocada pela passagem do cálculo do colédoco para o duodeno.
Interessante ressaltar que a presença de qualquer uma dessas complicações, irá requerer internação em caráter de urgência do paciente para implementação do tratamento adequado.
Cuidados pré-operatório:
- É necessário a realização de um exame de imagem (USG, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) capaz de diagnosticar a hérnia inguinal para o planejamento cirúrgico, a fim da escolha da técnica cirúrgica adequada, assim como para comprovação diagnóstica perante o plano de saúde, se for o caso.
- Exame de sangue e urina normalmente são necessários para avaliar o estado de saúde do paciente.
- De modo geral é necessária uma consulta com o médico cardiologista para realização do risco cirúrgico, a fim de apreciar se o paciente está em boas condições de saúde para realização da cirurgia e estimar o risco da cirurgia.
- Caso o paciente apresente um problema específico de saúde nos rins, pulmões ou sangue, será necessária uma consulta com os especialistas de cada área.
Tratamento:
É cirúrgico através de colecistectomia (cirurgia que promove a retirada completa da vesícula biliar juntamente com as pedras), preferencialmente por videolaparoscopia.
Pode ser realizada, também, a colecistectomia por via aberta ou convencional, hoje feita somente na rede pública de saúde, mas vem sendo cada vez mais desencorajada devido a uma série de desvantagens para o paciente.
Vantagens da cirurgia por videolaparoscopia:
- Incisões ou cortes pequenos abdominais.
- Menos dor pós-operatória.
- Hospitalizações mais curtas.
- Retorno mais rápido para o trabalho.
- Melhor resultado estético abdominal.
- Menor índice de infecção da ferida operatória abdominal.
- Menor ocorrência de hérnia incisional.
Indicações para realização da cirurgia de colecistectomia por videolaparoscopia:
- Todos pacientes sintomáticos com diagnóstico de colelitíase confirmada por meio de exame de imagem (USG ou tomografia, ou ressonância magnética).
- Pacientes com sintomas persistentes e típicos de colelitíase, sem confirmação por exames complementares. Muito provavelmente tais pacientes sejam portadores de microlitíase (cálculos bem pequenos) ou barro biliar, condições igualmente responsáveis pela obstrução do ducto cístico com consequente desenvolvimento dos sintomas e sinais típicos ou até responsáveis por quadros de pancreatite de repetição, que não raro estão além dos limites de detecção por exames de imagem.
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Pacientes assintomáticos que apresentem:
Anemias hemolíticas - anemia falciforme.
Vesícula biliar com parede calcificada (vesícula biliar em porcelana) - identificado nos exames de imagens. Em função do risco aumentado de câncer na vesícula biliar.
Presença de ducto biliar comum e pancreático longo, devido ao risco aumentado de câncer.
Cálculo na vesícula biliar maior que 2,5 cm, devido ao risco aumentado de câncer na vesícula biliar.
Colelitíase ou pedras na vesícula biliar + presença de pólipo na vesícula biliar.
Quando o paciente irá realizar cirurgia bariátrica. A rápida perda de peso não só favorece a formação de cálculo, mas, também, após o desvio gástrico, a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) para remover os cálculos do ducto biliar principal (colédoco) com colangite ascendente( infecção nos ductos biliares) é extremamente desafiadora e normalmente mal sucedida. - Antes da realização de transplantes, pois o uso de medicamentos imunossupressores, após a cirurgia do transplante, deixará o paciente imunocomprometido e com risco maior para desenvolver infecção grave. Nessa circunstância, é interessante realizar a colecistostomia para eliminar risco de uma colecistite.
- Idade abaixo de 30 anos com expectativa de vida maior e com mais chance de, no futuro, apresentarem sintomas ou complicações.
- Mulheres jovens que se preparam para gestar - Nestas, a colecistite aguda e a pancreatite aguda biliar são uma condição de risco para a integridade do binômio mãe-bebê.
Cuidados e recomendações no pós-operatório de colecistectomia por videolaparoscopia.
- Caminhar o mais breve possível. Assim que a anestesia passar, deve sentar, levantar e andar com auxílio do fisioterapeuta ou equipe de enfermagem. Essa postura reduzirá o risco de trombose nas pernas, embolia e problemas pulmonares.
- Repouso relativo, sem realizar esforço físico por até 14 dias após a cirurgia.
- Não ingerir alimento gorduroso por até 30 dias após a cirurgia. Depois desse período, a ingesta de alimento gorduroso deve ser de forma cautelosa e fracionada, ou seja, pouca quantidade por vez. A ingestão abundante poderá provocar diarreia com gordura (esteatorreia). O organismo vai se adaptando sem a vesícula biliar, ao longo do tempo de forma que a pessoa consiga viver bem e sem maiores percalços.
- Normalmente os pontos das incisões cirúrgicas abdominais são intradérmicos e não precisam ser retirados. O organismo absorverá ou cairá ao longo do tempo.
- Pegar resultado de biópsia da vesícula biliar que é encaminhada de forma rotineira para realização do exame histopatológico.
- Vinculação familiar ou genética
- Obesidade
- Emagrecimento rápido
- Sexo feminino
- Várias gestações
- Anticoncepcionais orais
- Anemia falciforme
- Triglicérides aumentados na corrente sanguínea
- Menos frequente em homens. Avaliar outros fatores como histórico familiar,
- Situações de baixa motilidade da vesícula biliar – diabete mellitus, alimentação diretamente na veia (parenteral), pós-cirurgia de vagotomia (secção do nervo vago) e dano na medula espinhal
Dor na altura do estômago ou embaixo das costelas do lado direito com, ou sem irradiação para as costas.
A dor pode ocorrer sozinha ou vir acompanhada de náuseas, vômitos, além de plenitude gástrica (empachamento) e eructações.
Também pode ter febre + icterícia (branco do olho amarelado) + calafrios.
Podem ser outros diagnósticos, tais como problemas estomacais (gastrites, úlcera péptica) pancreatite, infarto agudo miocárdio (IAM).
Podem sair da vesícula biliar com mais facilidade e parar no colédoco, podendo provocar colangite (infecção da bile) ou passar para o duodeno provocando pancreatite (inflamação do pâncreas)
Pedras maiores que 2,5 cm de diâmetro apresentaram risco aumentado para surgimento de câncer na vesícula biliar.
Não. É dispensável. Funciona apenas como reservatório da bile que é produzida no fígado.
Normalmente o organismo se adapta ao longo do tempo. A pessoa precisa ter uma certa cautela e moderação com a ingestão de alimentos gordurosos.
- É necessário a realização de um exame de imagem (USG, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) capaz de diagnosticar a hérnia inguinal para o planejamento cirúrgico, a fim da escolha da técnica cirúrgica adequada, assim como para comprovação diagnóstica perante o plano de saúde, se for o caso.
- Exame de sangue e urina normalmente são necessários para avaliar o estado de saúde do paciente.
- De modo geral é necessária uma consulta com o médico cardiologista para realização do risco cirúrgico, a fim de apreciar se o paciente está em boas condições de saúde para realização da cirurgia e estimar o risco da cirurgia.
- Caso o paciente apresente um problema específico de saúde nos rins, pulmões ou sangue, será necessária uma consulta com os especialistas de cada área.
- Fatores associados ao aumento da pressão intra-abdominal devem ser corrigidos ou atenuados se possível antes da cirurgia eletiva para correção da hérnia inguinal, como problemas na próstata, tosse crônica ou constipação intestinal (intestino preso).
- Não é necessário realizar depilação no abdômen. Caso seja necessário, será feito imediatamente antes da cirurgia no centro cirúrgico.
Recomenda-se a suspensão do tabagismo, se for o caso, por pelo menos 03 semanas antes da cirurgia.
- É necessário a realização de um exame de imagem (USG, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) capaz de diagnosticar a hérnia inguinal para o planejamento cirúrgico, a fim da escolha da técnica cirúrgica adequada, assim como para comprovação diagnóstica perante o plano de saúde, se for o caso.
- Exame de sangue e urina normalmente são necessários para avaliar o estado de saúde do paciente.
- De modo geral é necessária uma consulta com o médico cardiologista para realização do risco cirúrgico, a fim de apreciar se o paciente está em boas condições de saúde para realização da cirurgia e estimar o risco da cirurgia.
- Caso o paciente apresente um problema específico de saúde nos rins, pulmões ou sangue, será necessária uma consulta com os especialistas de cada área.
- Fatores associados ao aumento da pressão intra-abdominal devem ser corrigidos ou atenuados se possível antes da cirurgia eletiva para correção da hérnia inguinal, como problemas na próstata, tosse crônica ou constipação intestinal (intestino preso).
- Não é necessário realizar depilação no abdômen. Caso seja necessário, será feito imediatamente antes da cirurgia no centro cirúrgico.
Recomenda-se a suspensão do tabagismo, se for o caso, por pelo menos 03 semanas antes da cirurgia.
- Quando o paciente já estiver no apartamento, deve sentar, levantar e andar o mais breve possível com o auxílio do fisioterapeuta ou da equipe de enfermagem. Essa postura e atitude, reduzirá o risco de trombose nas pernas, embolia, problemas pulmonares e acelera o processo de recuperação.
- Repouso relativo, sem realizar atividade física durante um período de até 14 dias após a cirurgia.
- Não ingerir alimento gorduroso (animal e vegetal) por até 30 dias após a cirurgia
- Pegar resultado da biópsia da vesícula biliar no laboratório que o cirurgião informou no momento da alta hospitalar.
- Não dirigir até 10 dias após a cirurgia.
- Normalmente os pontos das incisões cirúrgicas são intradérmicos e não precisam ser retirados. O organismo absorverá ou cairá ao longo do tempo.
- Não realizar atividade física que aumente a pressão intra-abdominal por até 30 dias após a cirurgia.
- Evitar sol diretamente nas cicatrizes cirúrgicas abdominais por até 30 dias após a cirurgia.
- Comparecer à consulta de reavaliação pós operatória, conforme orientação do seu Cirurgião no momento da alta Hospitalar.