HÉRNIA EPIGÁSTRICA
Consiste na protrusão do saco herniário através de um defeito ou anel herniário existente no espaço que une o umbigo ao processo xifóide (extremidade inferior do osso esterno), em geral surgem de 5 a 6 cm do umbigo e 80% estão localizadas na linha média abdominal.
- São duas a três vezes mais comuns em homens.
- Podem ser múltiplas em 20% dos casos.
- Normalmente o anel herniário é pequeno.
Fatores predisponentes para o surgimento da hérnia epigástrica tudo que provoca aumento da pressão intra-abdominal
tudo que provoca aumento da pressão intra-abdominal
- Gestação
- Ascite - acúmulo de líquido na cavidade abdominal
- Obesidade
- Distensão abdominal por tumor
Sinais e sintomas
- Assintomáticos na maioria dos casos
- Quando o defeito aponeurótico é pequeno, a dor é mais presente pelo encarceramento intermitente de gordura pré-peritoneal
- Hérnias de maior volume em geral não são dolorosas.
- A ocorrência da dor está vinculada ao aumento da pressão intra-abdominal provocada por tosse, espirros, esforço para urinar ou evacuar.
- A intensidade da dor é pequena quando não há estrangulamento. Um aumento repentino da dor, principalmente associado a náuseas e vômitos, e a sinais inflamatórios sobre o local da hérnia, é necessário ficar alerta para a possibilidade de estrangulamento. Neste caso requer tratamento cirúrgico em caráter de urgência.
- As hérnias umbilicais apresentam um risco aumentado de encarceramento e estrangulamento devido à relativa rigidez do anel herniário.
Diagnóstico
É bastante simples, feito por meio da visualização direta e palpação do umbigo.
Quando há dúvida e para melhor esclarecimento diagnóstico, (principalmente em obesos ou hérnia pequenas), pode-se realizar exames de imagem, como USG ou tomografia,
Tratamento
- Recomenda-se a correção cirúrgica no caso de hérnias umbilicais em adultos, exceto durante a gestação e no pós-parto imediato (é necessário aguardar passar esse período), exceto em casos de urgência como no quadro de estrangulamento
- Hérnias de pequeno volume (anel com menos de 2 cm de diâmetro) - Sutura simples do defeito herniário que deve ficar sem tensão.
- Hérnias maiores (anel herniário maior ou igual a 2 cm de diâmetro) - recomenda-se a colocação de tela ou próteses para reforçar adequadamente o defeito herniário suturado e reduzir a ocorrência de recidiva.
- Como a técnica laparoscópica exige anestesia geral, deve ser reservada para defeitos maiores ou hérnias umbilicais recidivadas.
- Não existe consenso universal sobre o método mais apropriado de reparo da hérnia umbilical.
Complicações pós-operatória
- Infecção, seroma (acúmulo de líquido vermelho claro) e hematoma na ferida operatória.
- A recidiva é mais comum em pacientes obesos, com idade avançada e quando o defeito herniário é grande.
Cuidados pós-operatório
- Caminhar o mais breve possível. Assim que a anestesia passar, somente deve sentar, levantar ou andar com o auxílio do fisioterapeuta ou da equipe de enfermagem (ao caminhar pela primeira vez). Essa postura e atitude, reduzirá o risco de trombose nas pernas, embolia, problemas pulmonares e acelera o processo de recuperação.
- Repouso relativo durante um período de até 14 dias depois da cirurgia.
- Não realizar atividades físicas intensas que provoquem aumento de pressão intra - abdominal por até 45 dias após a cirurgia,tais como o movimento de “abdominal" em academias, Crossfit, esportes de contato como um todo,
- Normalmente os pontos das incisões cirúrgicas são intradérmicos e não precisam ser retirados. O organismo absorverá ou cairá ao longo do tempo.
- Comparecer à consulta de reavaliação pós operatória, conforme orientação do seu Cirurgião no momento da alta Hospitalar.